terça-feira, 30 de novembro de 2010

2000-2010




No início do século XXI a moda parece marcada por duas máximas: "nada se cria, tudo se copia" e "a moda vai e vem". Ao invés de divas do cinema ou da música, os carros-chefes são as drag-queens, que comandam o mundo fashion de dentro dos seus guetos, que são as grandes casas noturnas, espaços concorridos como as Paradas Gays e mesmo alguns espaços na televisão.

Dentro do paradigma estético adotado, vêm crescendo a tendência à customização e à reciclagem de materiais, buscando o desenvolvimento sustentável, também no campo da moda.
Para não dizer que não há novidades, existem ainda vários movimentos da juventude, como o  underground, os emos, os coloridos, a cultura hip-hop,e o funk mas sempre ligados ao universo das baladas e casas noturnas. Neste contexto, acentuou-se muito a difusão da tatuagem e do piercing.








 

 



REFERÊNCIA: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Moda>

ANOS 90



Observava-se uma mistura de tendências num estilo retrô, que trouxe de volta elementos característicos de outros momentos, mas ao mesmo tempo surgiam estilos bastante vanguardistas. Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans coloridos e as blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores.

Nesse século que viu passar guerras, modismos, ápices, quedas e crises, surgiu uma consciência de se resguardar para o futuro. A preocupação ecológica ganhou status e fez com que países e populações conscientes (como aconteceu na Alemanha) exigissem mudanças por parte dos governos e fabricantes de bens de consumo.



 As saias cobrem os joelhos e as calças se tornam uma realidade. As transparências e decotes em todas as coleções tornam o busto objeto de desejo. A indústria das mamas de silicone crescem na mesma rapidez das glándulas mamárias de quem se submete ao implante. Voltam os duas-peças e maiôs inteiros. Os anos 90 pareciam fragmentados e com múltiplas idéias de moda pulverizadas. 



ANOS 80


Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. Os seriados de televisão, como Dallas, mostravam mulheres glamourosas, cobertas com jóias e por todo o luxo que o dinheiro podia pagar. A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível, com preços proporcionais. O jeans alcança seu ápice, ganhando status.


A ambiguidade foi um traço marcante desta moda: estampas de oncinha, cores cítricas, ombros largos, pernas longas, cortes de cabelo assimétricos e acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias.

A música, assim como o cinema, foi um importante meio para a difusão das modas, especialmente pela transmissão dos videoclipes, unindo o som à imagem. Filmes como "Blade Runner" (1982) reafirmaram e divulgaram algumas das tendências mais fortes da moda, servindo também de trampolim para astros da música, como Madonna em "Procura-se Susan Desesperadamente" (1985).




Calça baggy e semi-baggy, sandália de plástico (Melissinhas em geral),
ombreiras (tinha até sutiã de ombreira), manga morcego, saia balonê, legging, batom 24 horas (não saía da boca nem com sabão), scarpin cores ácidas, mochilas e carteiras emborrachadas, tule no cabelo, faixas na testa,
tênis All Star (de todas as cores imagináveis),


cubo mágico, "De Volta Para o Futuro", etc.

 
(cena do filme "De Volta Para o Futuro").

Influenciando as roupas, o espírito esportivo levou o moletom e a calça fuseaux para fora das academias e consagrou o tênis como calçado para toda hora. Este último também fez ressurgir a moda de calçados baixos, como os mocassins, tanto multicoloridos como clássico.

O look "molhado", conseguido com gel e mousse para cabelos, fez a cabeça de homens e mulheres, ao lado das permanentes fartas e topetes tão altos quanto se conseguisse deixá-los. A cartela de cores era vibrante, prezando por tons fortes e fluorescentes, com jogos de tons e contrastes.

ANOS 70

               "FAÇA O AMOR, E NÃO A GUERRA"

       lema do início da década que acaba influenciando a moda.

A moda para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas.

A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days.
Foi a década de uma movimentada cena alternativa, a década da radicalização de experiências comportamentais, a década da contracultura, do underground, dos jornais, revistas, livros e discos independentes. A "Década do Eu", como já foi rotulada. Do desejo de mudar o mundo passou-se à urgência de um encontro consigo mesmo. Era a época dos famosos sapatos plataforma, das calças boca-de-sino, das meias de lurex, do poliéster e dos signos do zodíaco. A moda passou a ser idealizada de fora para dentro, do povo para os fabricantes, da rua para os salões.


CARACTERÍSTICAS DOS ANOS 7O:
Estilo hippie
Jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos
Camurças com franjas;
Estilo apache;
Estilo safári;


Colares de contas miçangas, bijuterias étnicas;
Saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos;
Estampas florais, Pucci e psicodélicos em quantidade;
Roupas artesanais, materiais naturais e tinturas caseiras;
Bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo;
Botas de camurça e sandálias de plataforma;
Saias longas, estampadas, estilo cigana e muita interferência de brilhos e plumas nas roupas, se acentuando no final da década de 60 em uma forte inspiração dos anos 1930 em todas as formas de arte.
REFERÊNCIA: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-moda/anos-70.php>

ANOS 60

A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.


Publicado na Folha de S.Paulo, em 7 de fevereiro de 1965A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.
Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade "On the Road"  da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente, o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.
 A grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia.


O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking.
 A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar.

As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos.A moda masculina, por sua vez, foi muito influenciada, nos início da década, pelas roupas que os quatro garotos de Liverpool usavam, especialmente os paletós sem colarinho de Pierre Cardin e o cabelo de franjão. Também em Londres, surgiram os mods, de paletó cintado, gravatas largas e botinas. A silhueta era mais ajustada ao corpo e a gola rolê se tornou um clássico do guarda-roupa masculino. Muitos adotaram também a japona do pescador e até mesmo o terno de Mao.

No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A palavra de ordem era "quero que vá tudo pro inferno".

Surgiram movimentos como o  hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib], e a esses movimentos deu-se o nome de contracultura. 
  
No Brasil, o grupo "Os Mutantes", formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista, seguiam o caminho da contracultura e afastavam-se da ostentação do vestuário da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade. Lutava-se contra a ditadura militar, contra a reforma educacional, o que iria mais tarde resultar no fechamento do Congresso e na decretação do Ato Institucional nº 5.
 
Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos, de salários, de decisão. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.
Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.


REFERÊNCIAS: <http://almanaque.folha.uol.com.br>


 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Jovens- ANOS 50

Nos anos 50 surge o rock and roll, e com ele surgem novas tendências. Moda colegial: as garotas usavam,  além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.

E os homens adquiriram a moda do garoto rebelde, usavam blusão de couro, jeans, e a camiseta branca que se tornou um símbolo da juventude. Na Inglaterra usavam longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os “teddy-boys”.
No Brasil, desfilavam os playboys de Copacabana em seus Cadilacs e cabelos penteados com o dedo ao estilo de Elvis. Sapatos brancos mocassim, calça rancheira e camisa Ban-Lan. A juventude rebelde andava de “Lambreta” e mascavam chicletes. Os homens usavam “Ray Ban” e as mulheres, lenço no pescoço. Com a explosão feminista, Marilyn Monroe era símbolo sexual.

Marta Rocha, que perdeu o titulo de Miss Universo pelas duas polegadas a mais de quadril, passa a ser o ícone de beleza brasileira.
O rock no Brasil foi marcado pelos jovens China, Alênio Trindade, Tim Maia, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, a “Turma do Matoso” (uma das primeiras bandas de rock brasileiro). Celly Campello era ídolo dos adolescentes que lutavam contra a repressão sexual e pela liberdade de expressão. Seus rits foram: Estúpido Cupido, Banho de Lua e Broto Legal.


                                                                  (filme da época)

 referência: <http://multiplot.wordpress.com/2008/09/29/decada-de-50-especial-james-dean/>

terça-feira, 24 de agosto de 2010

JOÃO GOULART (1961-1964)


Conhecido também pelo apelido de “Jango
Carreira política:
 Entrou para a política em 1945, a convite do presidente Getúlio Vargas, e integrou o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). 
Em 1947 foi eleito deputado estadual para a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Em 1950, Jango foi eleito deputado federal com cerca de 40 mil votos. Em 1953, foi nomeado, por Getúlio Vargas, para ser o Ministro de Trabalho. Em 1955, foi eleito vice-presidente de JK. Em 1960 foi eleito novamente vice-presidente, agora de Jânio Quadros. Em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, foi empossado presidente da República. Governou até 31 de março de 1964, quando foi deposto pelo Golpe Militar.







JÂNIO QUADROS (1961)
      
                                                                
Foi eleito em outubro de 1960 com uma expressiva vitória. Mas seu governo durou poucos meses, provocando uma crise política, que culminaria mais tarde no Golpe Militar. Com o slogan “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”, Jânio empolgou a população, prometendo acabar com a corrupção, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação. Para ganhar ainda mais simpatia dos eleitores, o candidato costumava andar com roupas amassadas e carregar sanduíche de mortadela nos bolsos.Jânio Quadros venceu com mais de 6 milhões de votos. Entretanto, o vice-presidente eleito foi João Goulart e os dois candidatos representavam partidos e idéias diferentes. Jânio foi o primeiro Presidente da República a tomar posse na nova capital do país.A população ficou descontente, iludida com os discursos e decepcionada com o novo Presidente, que chegou a proibir o uso de biquínis nas praias. Os apoios políticos a Jânio também se desfizeram. Inclusive com Carlos Lacerda que no dia 24 de agosto de 1961, foi à televisão denunciar um possível golpe que estaria sendo articulado pelo Presidente Jânio Quadros. No outro dia, o Brasil se surpreendeu com o pedido de renúncia de Jânio. Ele afirmava em carta ao Congresso que “forças terríveis” o haviam levado a tomar aquele gesto.






JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)

O governo JK foi marcado por grandes obras e mudanças. As principais foram: 
- O Plano de Metas, que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Os dois últimos não foram alcançados, mas isso passou despercebido diante de tantas melhorias proporcionadas por JK; 
- Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), implantando várias indústrias de automóvel no país; 
- Criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear; 
- Expansão das usinas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica, com a construção da Usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, na Bahia e das barragens de Furnas e Três Marias; 
- Criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (Geicon); 
- Abertura de novas rodovias, como a Belém-Brasília, unindo regiões até então isoladas entre si; 
- Criação do Ministério das Minas e Energia, expandindo a indústria do aço; 
- Criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e 
- Fundação de Brasília. 
A política econômica desenvolvimentista de Juscelino apresentou pontos positivos e negativos para o nosso país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou nosso país mais dependente do capital externo. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a
 dívida externa, contraída para esta obra, aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país.